“Bob & Carol & Ted & Alice”, a comédia

dos novos tempos faz 55 anos

Alguns filmes precisam ser apreciados com o espectador avisado de que os tempos são outros, hoje. É o caso de “Bob & Carol & Ted & Alice”, hoje com 55 anos de idade e encenado na primeira infância da minissaia e do amor livre. 

O enredo se resume a “depois de retornar a Los Angeles de uma sessão de terapia de grupo, o documentarista Bob Sanders (Robert Culp) e sua esposa, Carol (Natalie Wood), se tornam conselheiros vigilantes de casais, oferecendo conselhos não solicitados a seus melhores amigos, Ted (Elliott Gould) e Alice Henderson (Dyan Cannon). Não querendo ser rudes, os Hendersons brincam, mas alguma tensão sexual latente entre os quatro logo vem à tona, e desejos há muito enterrados não permanecem enterrados por muito tempo”.

Confissões de relações sexuais fora do casamento dos dois pares de atores são a base da atuação deles, e as reações são novidade, para o padrão de comportamento da época (algumas coisas ainda seriam fora de contexto...). E a ousadia do diretor Paulo Mazursky vai além, ao explorar a beleza e a graça de Natalie Wood em trajes mínimos, abraçada ao marido, e ao criar o comportamento antiquado para Dyan Cannon, sem esquecer de vesti-la de forma super elegante.

O desempenho dos artistas segue o padrão de qualidade das boas produções de Hollywood, e as últimas cenas – com os dois casais dividindo uma cama de hotel em Las Vegas – dão a tônica de sátira a esta comédia, que foi um sucesso quando estreou nos cinemas.



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